As duas picapes Nova Ranger do Time Ford Racing estão prontas para disputar o Rally Dakar 2014, reconhecido como a corrida mais difícil do mundo, de 5 a 18 de janeiro na América do Sul. Os veículos, com cabine dupla, tração 4×4, motor V8 5.0 de alumínio de 353 cv e transmissão sequencial de seis marchas, foram preparados com apoio do time de desenvolvimento do produto global e do time de veículos especiais (SVT) da Ford.
Durante 14 dias, a prova vai percorrer 9.300 km, passando pela Argentina, Bolívia e Chile em altitudes de mais de 4.700 metros. Os cuidados, agora, se concentram na preparação física e mental da equipe, que tem como pilotos o argentino Lúcio Alvarez e o sul-africano Chris Visser.
Lucio Alvarez tem três participações no Rally Dakar e ficou entre os 10 primeiros em 2012 e 2013. Junto com o co-piloto Ronnie Graue, ele sabe o que é enfrentar esse teste incrivelmente desafiador para homens e máquinas.
“O treinamento físico e a alimentação são muito importantes na preparação para o Dakar”, diz Alvarez. “Dirigir até 12 horas por dia, durante 14 dias seguidos, é uma carga muito pesada para o corpo. A temperatura externa chega a 40ºC e dentro do carro algumas vezes vai a 60ºC, por isso temos de estar muito bem preparados.”
Felizmente, as equipes contarão com um sistema de ar-condicionado desenvolvido especialmente pela Neil Woolridge Motorsport para as picapes Ranger da Ford Racing, um luxo raro nesse tipo de competição, que sem dúvida vai reduzir o cansaço e melhorar o desempenho da equipe, principalmente nas longas e quentes etapas no deserto.
Além da resistência física, Alvarez diz que manter a concentração é a parte mais difícil do Dakar. “Durante a corrida, temos de manter alta velocidade em terrenos difiíceis por pelo menos cinco horas por dia e você precisa estar totalmente focado o tempo todo. Devido ao calor o corpo perde fluidos, por isso é essencial beber muita água. É importante ter um plano de dieta balanceada para manter a energia, senão a sua atenção, resistência e reflexos são afetados.”
Os sachês energéticos, usados em maratonas e esportes de resistência, são um complemento. Cada dupla também será acompanhada por um fisioterapeuta e um paramédico durante a competição.
A preparação inclui também cuidados com a direção e navegação. Alvarez é reconhecido como um especialista em dunas na Argentina, mas haverá menos trechos desse tipo em comparação com o ano anterior. Para a dupla sul-africana, com o piloto Chris Visser e o navegador Japie Badenhorst, o período que antecede a largada do Rally Dakar em Rosario, Argentina, 5 de janeiro, também está sendo usado para se familiarizar com os sistemas de navegação. Todos os roteiros e a comunicação usados pela organização são em francês.
Por ser um sistema de GPS diferente do usado nas competições da África do Sul, eles precisam se familiarizar com a programação e indicação dos pontos de passagem. Existem pontos abertos, que mostram imediatamente a direção, distância e marcações de segurança de viagem. “Mais difícil são os pontos escondidos, que só aparecem quando o veículo se aproxima dentro de determinado raio. Só então ele revela a informação do próximo ponto de passagem, o que torna a navegação muito interessante”, diz Japie Badenhorst.
Fonte: Imprensa Ford