No início da pandemia, o inglês Raymond John Knowles, o Ray, decidiu finalmente colocar no papel um livro de memórias. Seria o resultado de uma promessa feita à mãe, na última vez que a viu com vida.
Irene Hilda Knowles, nascida Smith, a Dona Irene, sempre apoio a vida aventureira do filho, e lhe cobrava a eternização dessas experiências. E Ray decidiu por mãos à obra. Com a ajuda de um amigo brasileiro, jornalista, Antonio Geremias, ele trabalhou por dois anos seguidos, os Anos da Pandemia, 2020 e 2021. O resultado por ser lido (e admirado) no livro Aventuras de Raymond John.
Para viajar e viver em diferentes pedaços do mundo, deixando para trás família e amigos de infância e juventude, na melhor tradição dos grandes aventureiros, descobridores e viajantes ingleses, Ray saiu de Lancing, aldeia à beira do Canal da Mancha, e foi em busca do mundo. Passou por muita coisa estranha, momentos divertidos, tristes, arriscados.
Raymond John Knowles saiu pela primeira vez da Inglaterra em 1973 – tinha então 26 anos. Voltou apenas duas vezes depois disso, em visitas curtas e por razões específicas; daí para a frente, fez sua morada em vários países. Alemanha, Estados Unidos, Canadá, e finalmente o Brasil. Apaixonado por motocicletas, habilidoso nos trabalhos manuais, curioso sobre novas tecnologias, exerceu várias profissões e habilidades: fez ilustrações de peças de aviões, criou sites e CD’s de treinamento no auge da nova era da informática, desenvolveu a criatividade no trabalho artístico com peças de vidro, foi percussionista em escola de samba, tornou-se um excelente fotógrafo de competições a motor, foi ilustrador de ficção científica e fantástica, e professor de técnicas de aerografia e – pasmem! – guia turístico no pantanal mato-grossense!
O que o levou a tanto? Primeiro, algo em seu sangue, algum gene em particular que o dotou com essa inquietação, essa vontade do novo. Mas, certamente, a educação que recebeu o preparou para isso. Seus pais, desde cedo, permitiram que ele vivesse novas experiências, testasse sabores, assumisse responsabilidades. Seja no uso de ferramentas, seja nas viagens de moto com seu pai (ídolo e exemplo), fosse no incentivo a aprender a cozinhar ou a acampar e veranear com os amigos, Ray foi criado para cuidar de si mesmo. E a tomar decisões éticas e morais num mundo cada vez mais conturbado e em constante modificação.
Sofreu um acidente numa rodovia inglesa, no início dos ainda conservadores anos 1970, com o carro cheio de produtos de uma sex-shop. Trabalhou numa fábrica alemã de aviões com colegas franceses, irlandeses, africanos, alemães, ingleses, belgas entre outros, num ambiente ainda contaminado pelo rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Encontrou, num autódromo brasileiro, ídolos da Formula 1 como o argentino Juan Manuel Fangio, os brasileiros Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e o mestre, Ayrton Senna, o francês Alan Prost e o britânico Nigel Mansell. Teve experiências gastronômicas que passaram pela tradicional culinária inglesa (com cafés-da-manha com chá, bacon, ovos e feijão), pelos caramujos (escargots) franceses, e pelas coxinhas brasileiras saboreadas com café frio em butecos estranhos.
Em seu livro Aventuras de Raymond John, Ray nos traz, com o coração aberto, as experiências de paixão e amor que viveu ao longo de quase meio século de andanças e vivências. Encontros e desencontros, momentos felizes e também de dor, se sucederam na Inglaterra, Alemanha, Canadá, EUA e Brasil. Mas, no que parece ter sido a chegada a um porto feliz, ele finalmente encontrou sua companheira – e, para variar, de maneira inusitada, pela internet quando era guia turístico no Pantanal! Casado com Nadir, Ray vive hoje em Ijuí, Rio Grande do Sul. As viagens de moto continuam, ao lado dos trabalhos artesanais com peças de vidro reciclado – mas enganam-se os que pensam que o desejo de ganhar o mundo acabou. Eles nos avisa – agora, vamos viajar de dupla!
Contato: Para falar com Ray, use o whatsapp 55.99120.7445. Para comprar seu livro, acesse o site https://www.raymondjohn.com.br/
