A temporada 2016 do SuperBike Brasil, o maior campeonato de motovelocidade das Américas, já iniciou com grandes disputas pela liderança em suas diversas categorias e isso deverá ser uma marca registrada da competição neste ano. Além do ingresso de novos pilotos, que incrementaram essa briga pela ponta, uma modificação no regulamento criou uma motivação a mais para que os competidores partam pra cima de seus adversários.
O formato da pontuação foi atualizado e incentiva a disputa pelas primeiras colocações. Na temporada passada os 20 primeiros colocados recebiam pontos ao completar a prova e a diferença entre as colocações era pequena. O vencedor recebia 25 pontos, o segundo colocado 22, o terceiro 20, o quarto 18, o quinto 16 e a partir de então, até o vigésimo lugar, seguia em contagem regressiva. Para os pilotos que disputavam a ponta não seria uma ‘tragédia’ perder uma vice-liderança para terminar em terceiro. Seriam apenas dois pontos a menos e um risco desnecessário de um possível erro ou queda. Já para os pilotos do fim da tabela, bastava completar a prova que somariam alguma pontuação.
Neste ano isso mudou. A primeira colocação tem um peso bem maior. Apesar de manter os mesmos 25 pontos, as colocações seguintes tiveram suas pontuações reduzidas, dando assim ainda mais valor a uma vitória. No atual regulamento, o vice-líder recebe 20 pontos e terceiro lugar 16. Assim, a diferença que na temporada passada ficava em apenas cinco pontos entre o líder e o terceiro, agora sobe para nove. Ou seja, o campeonato dará prioridade para os vencedores, e será mais difícil para um piloto regular, mas que não chega a conquistar vitórias, alcançar o título.
Outra mudança: apenas os 15 primeiros pontuarão, o que fará com que os pilotos intermediários briguem ainda mais para conquistarem melhores posições. Caso aplicássemos essas mudanças nos resultados de temporada passada teríamos novos campeões. Tomando por exemplo a Copa Kawasaki Ninja 300, uma das categorias mais disputadas do SuperBike Brasil, o atual campeão, Niko Ramos (#822), da Tecfil Racing Team, perderia o título e ficaria com a vice-liderança. O piloto, que somou 242 pontos, passaria a ter 213 e cederia o campeonato para Indiana Muñoz Gomes (#199), da equipe Mobil Ituran Racing, que fecharia 214 pontos. E a principal causa disto seria o número de vitórias. Indy somou quatro, além de três segundos lugares, contra apenas três vitórias e dois segundos lugares de Niko Ramos.
Outra mudança seria na categoria Copa Honda CBR 500R. Lucas Dezeró (#7), da equipe Alemão Pneus, foi campeão com 197 pontos, porém, com apenas duas vitórias. Aplicando o novo regulamento, Dezeró fecharia 175 pontos e cairia para a segunda colocação. Já Leonardo Tamburro (#53), da Honda MotoSchool de Talentos, seria o novo campeão. O piloto, que encerrou a temporada em segundo com 195 pontos, caso fosse aplicada a nova regra, seria beneficiado por suas cinco vitórias. Ele encerraria a competição com 185 pontos e ainda abriria uma leve vantagem para Dezeró.
Confira abaixo as diferenças de pontuação entre a temporada 2015 e a deste ano:
Posição: 2015 2016
1º: 25 25
2º: 22 20
3º: 20 16
4º: 18 13
5º: 16 11
6º: 15 10
7º: 14 9
8º: 13 8
9º: 12 7
10º: 11 6
11º: 10 5
12º: 9 4
13º: 8 3
14º: 7 2
15º: 6 1
16º: 5 0
17º: 4 0
18º: 3 0
19º: 2 0
20º: 1 0
Fonte: VGCOM – VANESSA GIANNELLINI COMUNICAÇÃO