Audi planeja investir 22 bilhões de euros até 2018

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por Henrique Flávio Neves, de Ingolstadt, Alemanha

A Audi bateu mais um recorde e vendeu no ano passado 1.575.480 veiculos, 8,3% a mais que em 2012 quando fechou com 1.455.123 carros comercializados em todo o mundo. “Esse número foi alcancado 2 anos antes do previsto” disse Rupert Stadler, presidente mundial da Audi.

Apesar do crescimento, o lucro caiu 6,2% e chegou a pouco mais de 5 bilhões de Euros, 335 milhões a menos que em 2012. “Tivemos investimentos na fábrica do Mexico e também em alguns mercados onde a competição ficou mais acirrada” disse Alex Strotbek vice presidente mundial de financas. O grupo Audi (formado pelas marcas Audi, Lamborguini e Ducati) faturou em 2013 cerca de 49,8 bilhões de Euros, 2,3% a mais do que em 2012. “Em 2014 com certeza ultrapassaremos a marca dos 50 bilhões de Euros em faturamento” completou Strotbek. Esses números foram divulgados em evento realizado na sede da Audi, em Inglostadt na Alemanha.

Para chegar a esses números a marca de quatro argolas lançou em 2013 15 modelos e versões dos seus carros, e para manter esse crescimento planeja lançar até o fim deste ano outros 17 modelos e versões.

A China que já era o maior mercado para a Audi foi a grande responsável para o crescimento do ano passado. Só em 2013 foram vendidos 491.989 carros para os chineses, um incremento de incríveis 21,2% sobre uma base ja altissima de 405.838 carros faturados em 2012. Ou seja, 1/3 de tudo que a Audi vende no mundo fica com os chineses. Carros grandes como A6, A8, Q5 e Q7 são os preferidos na china.

Quem tambem teve um crescimento expressivo em 2013 foram os Estados Unidos com aumento de 13,5% fechando o ano com 158.061 unidades comercializadas contra 139.310 em 2012.

Mas nem tudo são boas notícias para a Audi. Vários países europeus tiveram queda nas vendas, reflexo ainda da crise dos últimos anos. Na França os emplacamentos de veículos Audi diminuiu em 8,3%, na Italia 6,1% e a Espanha registrou retração de 3,2% nas vendas em relação a 2012. Nem a Alemanha, maior mercado automobilístico da Europa, ficou imune. Apesar de continuar no segundo lugar para a Audi no mundo, as vendas cairam 5%, de 263.163 carros em 2012 para 250.025 ano passado.

A Audi quer ser a maior empresa de veículos premium no mundo até 2020. Para isso terá que desbancar a BMW, o que não será tarefa fácil. Uma parte do plano é investir 22 bilhões de Euros até 2018. A maior parte deste valor irá principalmente para duas áreas: ampliação e construção de novas fábricas e também para inovação e desenvolvimento de novas tecnologias.

Duas plantas da Audi já tem destino certo destes investimentos. A cidade de San José Chiapa será a primeira no México a receber uma marca Premium de automóveis. Toda produção do SUV Q5 no mundo ( menos China que tem fábrica própria para esse modelo) será concentrada na pequena cidade mexicana. Serão investidos cerca de 1.3 bilhão de dólares neste novo complexo de onde sairão 150 mil veículos todos os anos. Só a geração de empregos diretos ficará na casa de quase 4 mil trabalhadores.

O Brasil é o outro país que receberá os investimentos da marca alemã, só que bem mais modestos, na órdem de 440 milhões de reais. Isso por que a Audi neste primeiro momento não precisará construir nenhum prédio, apenas fazer algumas adaptações no local, já que utilizará a planta da Volkswagen no Paraná. De lá sairão 26 mil carros por ano. 16 mil unidades do A3 sedan já no segundo semestre do ano que vem e 10 mil do novo Q3 em 2016. “População jovem, país rico em matéria prima e parque de fornecedores bem desenvolvido fizeram o Brasil ter uma posição de destaque em relação a outros países emergentes” disse o presidente mundial da Audi. E completou “acreditamos que o mercado premium no Brasil ira dobrar e ou até mesmo triplicar como dizem alguns analistas até 2020 e nós queremos estar com nossos produtos neste mercado potencial e uma produção local vai facilitar muito”.

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