COLUNA JOÃO MENDES – 20/06/2016

PICAPE MISTA FIAT TORO

Fiat Toro Freedom verde

Desta vez eu abusei com mais tempo para testar a picape Fiat Toro, versão Freedom com motor a diesel e tração 4X4, que pelo seu tamanho e conforto é ótima para uso urbano mas também pode atender no campo pelos recursos de sua tração 4X4, pela caçamba, por transportar 1000 Kg e outros predicados mais. A Toro tem cabine dupla e veio para disputar um segmento novo criado pela Renault Oroch. Ela tem comprimento de 4,91 m, 22 cm maior que a Oroch e 43 cm menor que a Chevrolet S10.

Com o surgimento deste segmento, que eu chamo de picapes médias, sugiro que as antigas médias, Ford Ranger, Chevrolet S10, Mitsubishi L200, Volks Amarok, Nissan Frontier e outras de mesmo tamanho sejam as grandes enquanto as pequenas são as derivadas de carros de passeio como Volks Saveiro, Fiat Strada e Chevrolet Montana. A Toro que testei é a top da linha e ainda estava cheia de opcionais.

Seu motor é um 2.0 16V turbo diesel, câmbio mecânico de 6 velocidades e tração 4X4 com opção reduzida e acionamento elétrico. Este motor desenvolve 170 cavalos de potência com torque bom de 35,69 Kgfm a apenas 1.750 RPM. Gostei da arrancada e das retomadas, realmente o motor responde sem precisar subir muito os giros e o torque aparece logo. A Toro é bem acabada, no interior ganha em luxo e conectividade da sua concorrente direta, no painel central multimídia com navegação, rádio, mídia, acesso ao smartfone, relógio e até bússola. Bancos de couro, volante multifuncional e no painel velocímetro digital de bom tamanho que eu acho fundamental nos dias de hoje. Seu design é bonito, lembra a frente do Land Rover Evoque, e tem luzes diurnas, e na traseira um ótimo desenho e portas da caçamba abrindo para as laterais mais leves e fáceis de operar.

Andei com cinco pessoas e também com peso na caçamba, em todas as oportunidades senti conforto e bom desempenho, na estrada quase 20 km/l de diesel e nos perímetro urbano consegui 14 km/l, um ótimo resultado já que o diesel também é mais barato que a gasolina. Seu comportamento dinâmico é mais de um carro de passeio do que de uma picape, com ela vazia e o bom torque do motor você acaba tendo que dosar o pé para não sair queimando os pneus. Essa versão top estava com muitos opcionais e assim pude conferir se os pneus estavam na pressão certa, a câmera de ré sempre muito útil, limitador de velocidade, enfim uma farta lista de equipamentos que dão mais conforto e segurança, aliás nesta versão tem até controle de estabilidade.

A Toro Freedom 4X4 2.0 Diesel com câmbio manual de 6 velocidades começa em R$105.570, com os opcionais que o modelo testado tinha passa para R$124.280 e com câmbio automático de 9 velocidades o preço aumenta para R$130.405, com os opcionais do carro testado. Lembro que a Toro mais barata é a Freedom 1.8 Flex com câmbio automático de 6 velocidades por R$79.240 e também é bom lembrar que as picapes médias que eu citei, possuem suas versões com motor diesel a um preço R$40 mil a R$60 mil mais caro que esta Toro Freedom, equipada, e a concorrente Renault Oroch não possui motorização diesel disponível.

Portanto esta Fiat Toro top de linha pode conquistar um público que quer motorização diesel e uma picape mais urbana de dimensões mais reduzidas.

MAHAR VIRA LENDA

Motovelocidade 1981-3

O jornalista especializado em veículos, José Rezende, mais conhecido por Mahar (na foto de 1981, de braço erguido, quando chefiava a minha equipe no Estadual do RJ de Motovelocidade) entendia muito de lanchas, aviões, motos e carros, principalmente dos carros clássicos. Tinha um texto divertido como ele também era na vida real.

Nos 43 anos da nossa amizade e convivência fui testemunha de incontáveis histórias que vão sendo lembradas aos poucos e tenho certeza que em toda roda de conversa de jornalistas seu nome será sempre lembrado e surgirão novas histórias, ainda desconhecidas.

Debilitado pela Diabetes perdeu parte de um pé, depois o pé, uma perna mas continuou escrevendo em seu blog  transmitindo seu profundo conhecimento do assunto. No ano passado me disse que para piorar estava com Mal de Parkinson e uma semana antes de falecer me ligou dizendo que estava demorando uma hora para escrever uma linha, sua mão não parava mais por causa da doença. Realmente estava difícil pra ele viver e assim desistiu das sessões de hemodiálise, imprescindíveis para se manter, e acabou não resistindo.

Nossa amizade começou no Postinho, ponto de encontro de motos em Ipanema nos anos 1970 e 1980. Acho que nossa primeira aventura foi ir para São Paulo, na sua Kombi cheia, para assistir as 24 Horas de Interlagos de 1974. Terminada a prova, com a Kombi lotada para voltar para o Rio, Mahar percebeu um descuido na saída de box e meteu a Kombi na pista. Quando chegamos na curva 3 do antigo circuito de Interlagos uma equipe de pista tentou nos mandar para a junção e assim só faríamos o anel externo mas Mahar conseguiu despistar e lá fomos para o miolo.

Com a volta completada entramos nos boxes onde um senhor, fulo da vida, nos esperava, era o saudoso Eloy Gogliano, Presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo, que gritou bem alto “São os cariocas!”. Eu acho que foram tantas ocorrências durante aquele final de semana que o Sr. Eloy não esqueceu a gente. Com os anos o Sr. Eloy ficou nosso amigo e as outras ocorrências um dia eu conto. O Mahar virou uma lenda.

 

 

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